Ao fitar os meus olhos no que o texto narrado por são Lucas no captitulo5, 1-20, pude perceber um pouco mais de Deus e um pouco também de cada um nós que lutamos para permanecer em sua presença.
O texto nos relata um fato até aterrorizante, um homem possesso por uma legião de demônios, que morava em meio aos túmulos, onde sua força era tão grande que corrente alguma podia prendê-lo e que a noite saia gritando e ferindo-se com pedras. Já pensou se você se deparasse com alguém assim? Qual seria a sua reação?
Neste alguns pontos chamaram a minha atenção. O primeiro é o fato de Jesus ir ao encontro deste homem e no mesmo instante que ele avista Jesus, corre-lhe ao encontro e aquela tremenda força que o dominava perde seu poder diante da presença do Homem de Nazaré. E, no mesmo instante, Jesus pronuncia uma palavra de libertação sobre aquela vida oprimida por muito tempo. Outro ponto interessante é que
quer saber qual o nome daquele atormentava aquele homem. E no mesmo instante ele diz: “Legião é o meu nome, porque somos muitos”.
Seguindo o texto nos conta que Jesus envia aquele espírito para uma manada de por, que no mesmo instante se precipita no mar, afogando-se. E aquele que estava possuído é encontrado em perfeito juízo, para glória de Deus e admiração dos homens.
Quando comentava que esta palavra nos diz um pouco mais de Deus é porque ela revela-nos o grande amor que ele por cada um de nós, seus filhos. Mostrando-nos também que não existe mal que seu amor e poder não possam mudar.
A situação daquele homem é como a situação de muitos de nós, pois quantas vezes em nossa vida nos encontramos assim possuídos por uma “legião” de traumas, feridas, medos e tantas outras coisas que nos deixam fora do nosso juízo perfeitos impedindo-nos de ser aquilo que Deus sonha para cada um de nós. Quando digo o texto fala também um pouco de nós são nestes termos. Quantas amarguras, que nos fazem andar por lugares de morte, como aquele homem que, por causas dos espíritos que o dominavam já não estava no meio de sua família, mas abandonado, sozinho, pois como nos é dito na palavra “ninguém podia dominá-lo”. E é justamente isso que o pecado com suas conseqüências acabam ocasionado em nós trazendo-nos uma vida de solidão.
Nos é também relatado pelo autor sagrado que, além de gritar muito, o homem feria-se com predas, aliás, a força que dominava sua alma, também feria o seu exterior, pois além dominar sua expressões, também deixava marcas no seu corpo, templo do Espírito. Podemos dizer que é uma situação horrível, gritos, feridas internas e externas, mas isso não algo tão estranho assim, pois se tivermos a coragem de nos olhar com verdade perceberemos, que quando o domínio o Senhor não está estabelecido em nossas vidas é desta mesma forma que agimos, é fato que nos tornamos escravos dos nossos medos e traumas e ainda muitas vezes acabamos nos afastando daqueles que nos amam e, ainda mais, ferindo-os.
Mais o belo deste texto é que naquele dia o Homem de Nazaré, quis encontrar-se com aquele filho e manifestar a misericórdia de Deus sobre sua vida, como nos é relatado pelo evangelista. Vejamos que, quando Jesus chega o mal perde suas forças, tudo se dobra diante de Jesus. O Senhor devolveu aquele homem a oportunidade de reintegrar-se, de novamente ser senhor de suas atitudes e não mais ser escravos de forças internas.
Assim como foi na vida daquele homem pode também acontecer na minha vida e na sua vida, confesso que quando li este texto meu coração se encheu de alegria e, a primeira coisa que eu disse foi: “Encontra-me!”, pois vi que o Senhor quer fazer comigo o que fez com aquele homem, ou seja, me devolver a possibilidade de me possuir, podendo assim voltar para o lugar de onde os “demônios” que me habitavam me tiraram em muitos momentos na minha vida (da comunhão com Deus e com os meus irmãos) . Muitas vezes andamos gritando, não externamente, mas em nosso interior por causa das dores que nos acompanham, querendo uma vida somente se nos deixarmos encontrar pelo Homem de Nazaré poderemos ter.
Jesus é este que vem ao nosso encontro para nos dizer que, onde ele entrar o domínio do mal está com os dias contados. Ele quer libertar a nossa alma das amarguras que sentimos, ocasionadas em nós por tantas situações das quais nem temos culpa, dos sentimentos que se pudéssemos não desejaríamos sentir. Mas não importa, onde abunda a dor, se nos deixarmos encontrar superabundará o alívio, o refrigério. O que ele quer é nos deixar em perfeito juízo, curar as nossas feridas para que desta forma nos encontremos com sua vontade e que acreditemos que seu amor e poder não conhecem limites. Lembremo-nos do que Ele já fez por na cruz. Existe solução para os nossos dias, o que sentimos não é irremediável, basta com confiança dizermos: “Encontra-me!”
Certo que algumas coisas levam tempo, mas o que importa é que fomos encontrados e, que agora não são mais ou menos uns dois mil espíritos que tem o domínio da nossa vida, mas um único, Jesus de Nazaré, e que ele nos encaminhará não por caminhinhos de morte, mas por caminhos de cura e libertação, pois que nos salvar por inteiro, em nosso corpo e na nossa alma.
A cada dia faz-se necessário para nós cristão nos expormos a presença de Deus, e desejarmos ardentemente, que seu filho expanda seu domínio em nossa vida, pois quando o inimigo vier nos rodear querendo encontrar espaço, veja que nossa alma já está habita, e tem um dono, que sobre nós não se diz mais: “Desamparada”, pois fomos encontrados pelo Senhor dos exércitos, está em nosso auxílio como um herói salvador.
Amados existe solução para os nossos dilemas e conflitos, não há condenação para nós. O Senhor nos disse estaria perto daquele que o invocasse, então nesta hora invoque o Senhor e experimente em sua vida o seu poder salvador, permita-se encontrar e orientar por e verás que aquela “legião” perderá o poder, poderás experimentar da gloriosa liberdade dos filhos de Deus. Seja corajoso, invoque o Senhor e peça, encontra-me.
Paz e bem!
Jair José do Nascimento
Formador Geral